Muitos de nós partimos para longe, para os lugares mais estranhos movidos pela a esperança de construirmos uma vida melhor. É certo que no caso de um país muçulmano, como Argélia, com alguns riscos associados, a mudança é mais difícil, os nossos hábitos tem de ser limitados e readaptados a realidade do país, mas isto são só o que poderíamos chamar os custos directos. Mas qual os custos indirectos a pagar por essa mudança ? Cada caso é um caso, tudo depende da nossa situação anterior, tanto pessoal como profissional. Se pretendemos recomeçar uma nova vida, se estamos numa situação difícil, se não deixamos família para trás então o preço é razoável e a mudança quase que se impõe. No limite, se as coisas não correrem bem, ficamos com uma nova experiência. No entanto se tivermos uma vida estabilizada, a mudança pode ter um preço alto, chegando muitas vezes ao desmembramento da própria família. Uma coisa é certa muitos dos momentos que deveríamos e gostaríamos de estar presentes, não estamos. O resultado final só pode ser visto alguns meses depois do regresso, pois as marcas do afastamento só se vêm muitas vezes após o mesmo. E para quê? Muitos pelo aspecto financeiro a curto prazo, outros por um reconhecimento que os projecte dentro da organização. No entanto nem sempre as apostas são ganhas, por vezes o esforço parece inglório, e o resultado resume a uma experiência que apesar profissionalmente poder ter corrido bem revela-se pouco para o esforço, muitas vezes elevado (directo e em particular indirecto), dispendido. Mas sempre devemo-nos guiar por um princípio no qual mais vale nos arrependermos por termos feito, do que nos arrependermos de nunca o fazer. Estas experiências também servem muitas vezes para nos mostrar que provavelmente estamos no sítio errado e que devemos procurar novos caminhos, às vezes uma mudança impõe uma nova até chegarmos a bom porto. Koun saïdan (Be happy)
Redoa, inchala
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