A semana passada não tive oportunidade de efectuar a habitual crónica porque, como alguns sabem, viajei para o nosso maravilhoso Portugal, infelizmente já estou de regresso. Essa viagem é efectuada por avião lamentavelmente não há voos directos. Sair da Argélia pelos aeroportos é em si mesmo uma aventura, a primeira dificuldade é entrar no aeroporto dado que existe logo à entrada um controle de raio-x a todos, para não levarmos uma bombita para o interior ( Isto é que é segurança). A seguir passarmos mais uma barreira policial onde apenas entram os passageiros, vamos para a fila do check-in dos voos internacionais, a confusão é aceitável, já nos regionais é o caos. Depois preenchemos um formulário de saída e passarmos mais uma barreira policial, chegamos a um guichet onde entregamos o formulário, aqui podem surgir complicações se o visto já tiver expirado, dado que é necessário visto para entrar e sair do país, às vezes isso acontece. Passado este controle, surge mais um polícia a pedir documentos e se temos algo a declarar, segue-se mais um controlo de raio-x à bagagem de mão e detector de metais. Mesmo que o detector não apita, temos de ser sujeitos a uma apalpação por vezes exagerada (parece que o tipo que está lá gosta, eu que não) para finalmente chegamos a sala de embarque. Pensam que terminaram os controlos, nada disso, entramos num autocarro tipo aqueles da carris dos anos sessenta, até junto do avião. No chão da pista encontram-se todas a bagagens que o pessoal entregou no check in tendo agora de as ir identificar para colocar num carrinho senão não embarcam, a chamada identificação “in loco”. Mas ainda não acabou, antes das escadas de acesso está montada uma bancada com aquelas mesas de campismo, a cair de velha, onde as malas de mão são novamente revistadas e finalmente a porta do avião está o último controlo que com um detector de metais portátil para examinar o pessoal. Quando finalmente nos sentamos no lugar aguardamos que o avião levante voo para aí sim respirarmos de alívio.
Redoah, Inchalá