Caros cibervisitantes, esta Sexta-feira que passou e a próxima não haverá crónica pois tive de regressar a Portugal para renovar o visto. Sim porque a Argélia é um pais tão procurado que não é qualquer um que lá entra, só os priveligiados. Entretanto aproveito para comer uns pratinhos de carne de porco.
Redoah, Inchalá
sábado, 20 de outubro de 2007
sexta-feira, 12 de outubro de 2007
O fim do silêncio das 19h
Hoje termina o Ramadão, durante os últimos 30 dias assistimos diariamente a um ritual que transforma Mostaganem numa cidade fantasma durante um período em torno das 19 horas. Como é do conhecimento geral os muçulmanos, durante este mês, não comem, não bebem, não fumam, nem truc-truc do nascer ao pôr do sol, deste modo quando se aproxima o pôr do sol, vão todos para casa para se prepararem para o repasto. As ruas da cidade ficam desertas, não se vê um único carro, existe uma estranha calma, um silêncio de ouro, talvez o período mais bonito do dia. Mas como tudo o que é bom acaba, passado este período o povo invade as ruas e os cafés até de madrugada e quase não se pode andar, o transito fica parado, as lojas estão todas abertas(ver foto), “Mosta by night” parece a marina de Vilamoura no pico do verão, claro que ressalvado o facto de que na marina, a qualidade e quantidade feminina é muito superior, não há comparação (Que saudades !!! ). O curioso é que ontem ao fim do dia de ontem, os argelinos ainda não sabiam se o Ramadão acabava ontem ou hoje. Tivemos esperar que os líderes religiosos vissem a lua, como sinal que tinha terminado o mês lunar, pelos vistos não viram. O Ramadão termina com “Ida al-Fitr”, a “Festa da Quebra do Jejum”, o primeiro dia do mês Shawwal, com duração de dois dias. Após um mês de baixo rendimento, mais dois dias de papo para o ar que na pratica se transformam em quatro, dado que se seguem ao fim de semana argelino. Deve ser para dar uma escapadela pelas pousadas de Portugal.
Redoah Inchála
Redoah Inchála
sexta-feira, 5 de outubro de 2007
Barragens Policiais
Uma das muitas particularidades das estradas argelinas são as barragens policiais, que se encontram por todo lado, dos diferentes ramos das forças de segurança equivalentes às nossas GNR, PSP e policia fiscal. Normalmente colocam um sinal de aviso de barragem a 5 metros e posicionam-se no meio da estrada, um elemento para cada sentido estando outro mais a frente com uma metralhadora e uma corrente de picos para furar os pneus aqueles que não pararem. O procedimento a seguir é sempre o mesmo, abrandar, quase, quase parar e aguardar que o policia levante a mão como sinal, de pode seguir. Como devem imaginar ele executa este mesmo movimento milhares de vezes por dia, o que quer dizer que daqui a uns anos ele pode se reformar por doença profissional com uma tendinite no braço. Á noite o procedimento é complementado com mais duas operações primeiro desligar os médios para não encandear a rapaziada e depois acender as luzes interiores para eles verem quem vai dentro da viatura. Dado que em muitas situações a iluminação é fraca corremos o risco, quando desligamos os médios, de os atropelar. Por vezes somos mandados encostar, primeiro começam por falar em árabe ao que malta responde “no árabe”, depois pedem os documentos, mas também pode perguntar apenas se temos água para lhes dar ou dar-nos as boas vindas à Argélia, ou ainda reclamar que a matricula está muito suja, ou que um dos documentos está caducado, ou apenas que temos um belo nome. Muitas vezes quando descobrem que somos portugueses dizem logo: “Figo, Ronaldo”, ao que a malta responde logo “Madjer” e pronto o clima ficou logo mais animado, o futebol nacional ao serviço das relações internacionais. No fundo estas barragens, apesar de ineficazes dentro da politica de segurança do faz de conta, são já umas das atracções da estradas argelinas.
Redoah, Inchalá
Redoah, Inchalá
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